Capitulo 11 - Um beijo - Fanfiction- “Cut Innocence” - Raven chan,

Na manha seguinte Kazuo voltou ao que estava a fazer na noite anterior. Pegou no telemóvel e voltou a ligar-lhe, mas Ai continuava a ignorar as suas chamadas.

Com a ansiedade de a querer voltar a ver Kazuo foi para a escola assim que se levantou. Apenas teve tempo de mudar de roupa e pôr-se a caminho.

Enquanto isso Ai já estava na escola. Foi até ao seu cacifo prestando atenção à sua volta, não queria voltar a vê-lo tão cedo. Era constrangedora a ideia de ter de o encarar depois do que aconteceu no dia anterior. Não conseguia esquecer o quão perto esteve de ter o seu primeiro beijo roubado.

Quando finalmente conseguiu tirar aquela imagem da cabeça ela foi para a sua sala esperar que a aula começasse. Aquele era o único sítio onde ela tinha a certeza de que ele não a iria procurar.

Finalmente Kazuo chegou à escola, mas já não havia tempo para a procurar. O toque para a primeira aula tinha acabado de soar assim que ele entrou no edifício. Lembrou-se de ir até à sala dela quando a primeira aula acabasse, mas então lembrou-se, ele não

sabia qual era a sala da rapariga.

Durante a aula ambos estavam completamente ausentes. Ficaram o tempo todo a pensar em como iriam reagir quando se voltassem a encontrar. Para Ai o tempo passava demasiado rápido, por outro lado, para Kazuo os minutos pareciam horas.

Pensando que era improvável ela estar no terraço, ele correu pela escola toda à sua procura. Não a encontrou em lado nenhum, mas também não tinha ouvido nada sobre ela ter faltado às aulas. Então decidiu ir procurar no terraço mesmo podendo ser apenas mais uma viagem perdida.

Felizmente ela estava lá a desenhar como sempre fazia.

- Estás aqui.

Kazuo soltou um suspiro de alívio e a sua visão começou a ficar turva e estava a ficar sem forças. Tentou equilibrar-se, mas de nada adiantou. Acabou por desmaiar ali mesmo antes de a conseguir alcançar.

Acordou mais tarde na enfermaria. Demorou apenas alguns segundos até que voltasse a lembrar-se da rapariga e sentou-se bruscamente na maca.

- Está quieto, não consigo desenhar assim.

Era Ai que estava ali com ele, tinha ficado a cuidar dele. Como o rosto de Kazuo parecia tão calmo e sereno que ela quis desenhá-lo. Era a paisagem que ela queria desenhar mais do que tudo, mas só agora tinha tomado consciência disso.

- Devias ficar sem comer mais vezes. Ficas mais calmo assim.

- Estás aqui!

Kazuo saltou para cima da rapariga para a poder abraçar. O que resultou numa tontura que fez com que ambos caíssem no chão.

- Mas tu és idiota? Era óbvio que ias passar mal outra vez se fizesses isso.

Kazuo abraçou-a deixando fugir algumas lágrimas:

- Pensei que não fosse voltar a estar perto de ti.

- O que é que estás a dizer? Levanta-te.

- Não.

- Sai. – Ai tenta empurra-lo. – És pesado.

O rapaz levantou o seu tronco ficando apenas a alguns centímetros do rosto de Ai.

- O que é que estás a fazer?

Uma lágrima caiu no rosto da jovem. A expressão dele estava diferente. Ela nunca o tinha visto assim. Não sabia o que fazer.

- Estás bem? O teu…

Antes que ela pudesse acabar a sua frase Kazuo deixa cair o seu rosto em direção ao dela fazendo com que os seus lábios se tocassem num beijo durante alguns segundos. Quando os seus lábios se separaram Kazuo pode ver o rosto rosado e confuso de Ai.

- O que foi isto? – A rapariga continuava a tentar perceber o que tinha acabado de acontecer.

- Um beijo…

- Vês o que aconteceu por não teres ficado quieto?

- Fui eu que tive a culpa.

- Como assim?

- Eu quis dar-te esse beijo.

- Eu tenho de ir…

Ai tenta sair debaixo do rapaz, mas assim que ela tentou mover-se Kazuo pegou no seu rosto gentilmente e os seus lábios selaram mais um beijo com os lábios de Ai.