2 de junho de 2014

Capitulo 19 - Por Favor ..... - Fanfiction - "Arte da Máfia" - Malina Evans

Pov Akisawa

Tinha acabado por voltar, depois do Kaito me ter ido buscar a Osaka e por isso, já estávamos no comboio, prontos para voltar.


Ainda estava meio atordoada pelo que tinha acontecido… Por causa do beijo. Assim que ele tinha começado, a minha mãe entrou no quarto e logo de seguida, separamo-nos com a vergonha que foi. O pior de tudo foi mesmo isso e o facto do Kaito ter volto a desmaiar e só passado umas duas horas é que voltou a acordar, foi aí que decidimos vir embora.

Durante o caminho todo, desde a casa da minha mãe até à estação e, depois de passarmos por dois comboios, nem tocamos nesse assunto ou muito menos tentamos puxar esse tipo de conversa. Só falamos mesmo sobre os comboios que tínhamos de apanhar e para onde devia-mos de ir.

Realmente não sabia o que tinha significado aquele beijo. Apenas me deixei levar pelo Kaito e pelo momento e tudo aconteceu naturalmente, sem qualquer planeamento, sem qualquer pensamento. Mas queria saber o que ele sentia. Queria mesmo saber se aquele beijo não foi apenas pela tensão do momento e pelas palavras ditas, porque da minha parte, aquele beijo tinha significado algo. Queria perguntar-lhe, mas pela primeira vez na minha vida, sentia vergonha de algo e mal conseguia olhar para ele. O Kaito realmente estava a despertar algo em mim que nunca tinha acontecido.

Finalmente chegamos à estação de Tokyo. Saímos do comboio e fomos para a mota do Kaito que estava no parque de estacionamento.

-Tens a certeza que consegues conduzir? Ainda pareces um pouco vermelho, se calhar ainda estás com febre!

-Estou bem, não te preocupes. Consigo conduzir.- respondeu-me sem sequer olhar para mim. Sentia que depois daquele beijo, ele estava estranho comigo. Montamos os dois na mota e começamos a andar.

Ainda vi pelo espelho, que por vezes ele olhava para mim mas logo a seguir desviava o olhar. Não fazia ideia do que podia estar a pensar naquele momento. Talvez que o beijo tinha sido uma parvoíce e que estava arrependido de o ter feito? Ou que não se arrependia? A minha cabeça estava à roda e a imagem de nos estarmos a beijar não saía da minha cabeça por mais que me esforça-se e sempre que recordava, apareciam borboletas no estômago. Eu não podia negar mais… Estava mesmo apaixonada por aquele idiota. Pela pessoa que a início mais odiava e agora é a pessoa que mais amo.

Estávamos quase a chegar a minha casa, quando vimos o Ryuji a passar.

-Ryuji. Que fazes aqui?- perguntei saltando da mota ainda em andamento- Vieste arranjar confusão?

-Nada disso!- ele parecia indignado, não percebi bem porquê. E então, levantou a mão mostrando-me um saco de plástico- Fui fazer umas compras para a minha mãe..

-Oh! Isso é tão querido!- era estranho vê-lo ser simpático para alguém. Mas aquilo era para a mãe dele, acho que é normal.

-Ei! Não comesses com essas coisas!- vi a sua face ficar vermelha de vergonha enquanto eu ri. Realmente a nossa relação parecia ter mudado um pouco depois dele me ter ajudado quando fui alvejada à porta de casa.

-Estou a interromper alguma coisa?- perguntou o Kaito já ao meu lado.

-Nada disso Uhebara.- e passou por nós- Continuem lá o vosso encontro.- e acenou.

-Não estamos num encontro!- gritei, chateada.

Olhei para o Kaito mas ele limitou-se a passar por mim enquanto empurrava a mota, estacionando-a à porta da minha casa, junto ao muro e tirou de lá a minha mala. Limitei-me a pegar nas chaves de casa e a abrir a porta.

-Achas que posso entrar?

-Porque não poderias?

-Por causa do teu pai.- abri o resto da porta e a casa parecia vazia, pelo menos parecia já que não havia som de televisão ou do meu pai a gritar ao telefone com algum comprador irritante.

-Não me parece que ele esteja em casa e a Juliet muito menos.- então ambos entramos, descalçamo-nos e fomos para a sala.

-Queres comer alguma coisa?- perguntei enquanto me dirigia para a cozinha e o deixava na sala.

-Não obrigado. Não tenho fome.

Assim que bebi um copo de água e fiz duas sandes, voltei para sala, para junto dele. Estava sentado no sofá com o olhar fixo no vazio. Devia estar a pensar em algo, gostava de ser porquê. Estaria a pensar no beijo em casa da minha mãe? Ou eu sou a única interessada nisso e para ele pouco importou? A minha cabeça anda roda sempre que penso nisto. Desde quando me tornei tão curiosa? Desde quando me preocupo tanto com coisas tão… Tão… Tão tontas! Sem dizer nada, sentei-me ao lado dele e coloquei o prato com as sandes em cima da mesa.

-Em que estás a pensar?- perguntei finalmente para quebrar aquele silêncio que já me chateava. Mas ele nem me respondeu- Kaito?

-Sim? Diz.- respondeu-me meio atrapalhado virado a face para mim.

-Perguntei-te em que estás a pensar. Estás muito pensativo desde que voltamos.

-É… Tens razão!- respondeu-me entre risos- Estou um pouco distraído desculpa!- vi-o tirar rapidamente o telemóvel do bolso e ver as horas- Bem, acho que melhor ir para casa! Já está a ficar tarde!- sem que eu pode-se dizer algo, ele levantou-se, mas antes que começa-se a andar, agarrei-o pela camisola.

-Porquê?- murmurei num tom audível o suficiente enquanto o encarava sem nunca desviar o olhar.

-O que se passa Aki?- perguntou-me mesmo sem me olhar.

-Porque não me olhas nos olhos? Porque razão desde que nos beijamos é que nem se quer olhas para mim?- e então, soltei-o, mas ele nem se mexeu- Odias-te assim tanto? Se não querias, porque razão o fizeste?- antes de me responder e que eu me apercebe-se, ele foi até mim, puxou-me para si e voltou a beijar-me, mas logo de seguida separamo-nos. Fiquei a olhar para aqueles seus belos olhos azuis enquanto sentia a face arder.

-Desculpa se foi isso que pareceu Aki.- e sorriu-me- Eu não me arrependo! Não me arrependo de te ter beijado. Muito pelo contrário.- vi a sua cara ganhar um tom rosado- Eu fi-lo porque… Porque te amo Furukawa Akisawa!

Senti o coração acelerar com a sua confissão. Passou a sua quente mão pela minha face e eu peguei nela dando-lhe um beijo no nó dos dedos mas logo a sua mãe foi até aos meus cabelos e começou a acaricia-los.

-Por favor… Queres ser minha namorada?- não consegui responder-lhe e apenas me limitei a dar-lhe um pequeno e rápido beijo- Vou aceitar isso como sim!- e sorriu-me docemente.

Senti o coração acelerar ainda mais e quando dei por nós, os nossos lábios já eram um outra vez.

Estava apaixonada por ele e não conseguia dizer mais que não. Ele pode ser um idiota, um parvo ou até mesmo um grande palerma, mas só eu posso achar isso e mesmo assim ama-lo.

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