26 de maio de 2014

Capitulo 18 - És capaz de me perdoar ? - Fanfiction - "A arte da máfia" - Malina Evans


Pov Akisawa

Assim que vi o Kaito à porta do cemitério, fiquei sem fala. Não estava à espera que ele aparecesse ali! De certeza que foi a Sakura que lhe contou que eu estava em Osaka.
De repente, vi-o cambalear, parecia que ia desmaiar. Chamei por ele, mas não me ligou nenhuma, então corri até ele e antes mesmo de atingir o chão consegui agarra-lo e ajoelhei-me enquanto o agarrava.

-Kaito!- gritei o seu nome mas ele não me respondeu- Kaito acorda!- nesse momento ouvi passos de corri a virem até mim.

-Aki o que se passa? Quem é esse rapaz?- perguntou a minha mãe ajoelhando-se ao meu lado.

-É o Kaito. Ele… Ele desmaiou.

-Aquele Kaito que tu me falas-te? O mesmo?

-Sim, mãe. Esse mesmo.- nesse momento a minha colocou a sua mãe na testa dele.

-Está a arder em febre!- eu não tinha percebido isso, mas agora que olhava para o seu rosto, via que estava vermelho e que a sua respiração estava muito irregular.

Com a ajuda da minha mãe, coloca-mo deitado nos bancos de trás do carro e eu fui com junto dele, deixando que a sua cabeça ficasse por cima das minhas pernas.

Estava chateada… Estava furiosa com ele, mas não suportava vê-lo daquela maneira. Custa-me imenso vê-lo assim, tão fraco e sem doente sem que eu possa fazer algo.

A minha mãe acelerava o mais que podia até casa e eu tentava o mais que podia evitar que o Kaito se meche-se e caísse dos bancos, mas nesse momento, apercebi-me de uma coisa. A pala do seu olho estava a cair. Da última vez que tinha visto por trás da pala, o seu olho era vermelho e inexpressivo. Será que ainda o era?

Estava curiosa para sabê-lo. Retirei o chapéu que lhe tapada metade da cara e lentamente, comecei a puxar a pala preta e quando a tirei, dei pequenas gargalhadas inaudíveis. Eu espera o quê? Ver o seu olho quando ele o tem fechado? Era realmente parvo da minha parte, tentar algo assim, mas por momentos a curiosidade foi maior. Voltei a pôr a pala no lugar e esquecer isso.

Finalmente chegamos a casa da minha mãe e ela estacionou o carro na garagem. Cada uma de nós agarrou num braço dele tentando fazê-lo pôr-se de pé, para ver se acordava e dava uma ajuda, mas foi em vão. Atravessamos a casa até ao quarto da minha mãe e lá, deitamo-lo em cima da cama de casal.

-Vai buscar um pano de água fria para ver se baixa a temperatura enquanto eu vou comprar alguns remédios.- afirmou enquanto se dirigi-a rapidamente até à porta.

-Mas mãe…

-Sei que estás chateada com ela, Aki… Mas se gostas mesmo desse rapaz, não cometas o mesmo erro que eu e o teu pai cometemos e, cuida bem dele. Se ele veio até aqui para te vir buscar, de certeza que é um bom rapaz!- piscou-me o olho e depois fechou a porta. E então saí de junto dele, depois do quarto e fui até à casa cozinha buscar o que a minha mãe tinha dito, para puder baixar a febre do Kaito.

A minha mãe tinha razão, mas… Era muito difícil entender o Kaito. Uma hora dizia uma coisa, noutra já dizia uma coisa completamente diferente. Eu realmente não o entendia. Eu apenas queria saber se ele… Ele gosta de mim ou não.

-Mas o que estou para aqui a pensar?- murmurei enquanto enchia uma pequena tina de água fria. Nesse momento comecei a ouvir passos mas ignorei, pensando que era a minha imaginação, mas quando virei, o Kaito estava de pé, agarrado à ombreira da porta e a olhar para mim- Kaito, o que fazes de pé?- larguei a tina de água e corria até que estava quase a cair.

-Não fazia ideia onde estava… Por isso, saí para saber.- e então olhou para mim- Afinal encontrei-te mesmo.- disse-me com um sorriso- Não foi um sonho ou uma alucinação.- não consegui olhar para ele, apenas coloquei o seu braço à volta do meu pescoço.

-Foi real sim. E tu desmaias-te à porta do cemitério pouco depois de me teres encontrado.- vi o sorriso dele desvanecer-se- Mas isso não importa, vou levar-te de volta para quarto para descansares, recuperares e depois ires embora.

Enquanto o levava, ele não emitiu qualquer som nem sequer sorriu, apenas se limitou a andar escada a cima, comigo como apoio e assim que chegamos ao quarto, ele deitou-se novamente na cama.

-Ainda estás chateada comigo?- perguntou com uma voz meio rouca, mas eu apenas o ignorei e corri de novo para a cozinha para pegar a toalha e a tina de água e voltei para quarto com tudo nas mãos- Não respondes-te à minha pergunta.- murmurou num tom trocista.

-Não penso responder. Sabes bem a resposta.- respondi-lhe enquanto molhava a toalha na água fria e a colocava na sua testa- Agora vê se descansas e recuperas para poderes voltar para casa.- ia a retirar a mão da sua testa, quando ele me agarrou o pulso com alguma força. Levantou-se com algum esforço e encarou-me.

-Eu não me vou embora sem ti.- a sua face mostrava seriedade e determinação assim como as palavras.

-Larga-me.- murmurei.

-Não.- respondeu-me num tom calmo mas sério na mesma.

-Larga-me Kaito!- gritei fechando os olhos para evitar as lágrimas. Não sabia se o que sentia naquele momento era raiva ou nervosismo, mas ambas as coisas me levavam às lágrimas.

-Não!- gritou também, fazendo-me abrir os olhos e encara-lo- Não te vou largar! Não te vou deixar ir outra vez!- e então acalmou-se- Não pretendo cometer o mesmo erro que cometi e magoar-te outra vez e muito menos brincar de novo com os teus sentimentos.- e então encarou-me- Aki, quero que voltes comigo. Só quero que me perdoes e quero recompensar-te por te ter magoado.- ele sorriu-me e com o polegar, limpou uma lágrima que escorri-a pelo meu rosto- És capaz de me perdoar?- notava-se que estava a fazer um esforço enorme para manter o seu tom de voz normal e o seu típico sorriso e isso fazia com que o meu coração doesse tanto. Não o queria ver sofrer não queria mesmo.

Vi-o puxar-se para trás levando-me consigo, depois, puxou-me um pouco até si, fazendo-me colocar os joelhos sobre a cama enquanto as suas pernas estavam à minha volta. Agarrou-me a face e puxou-a até si fazendo os nossos lábios selarem-se perfeitamente.

Deixei-me levar pelo beijo e agarrei a sua camisola puxando para mim enquanto ele me abraçava e entreguei-me aquele beijo que à tanto esperava esquecendo o quão chateada estava com ele e até mesmo a sua febre.

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