28 de março de 2014

Capitulo 7- O Assalto- Fanfiction - “The Blood Bound - Karura

Parte 2

Sonho Modo Off

Acordei com o fim trágico que os pais do menino tiveram. Porém fiquei curioso com o que aconteceu com ele. No entanto algo em mim fez com que eu não queria saber o que houve com o menino.


Olhei para o lado minha tia estava checando todos os aparelhos. E com um olhar preocupado. Ela não deve ter notado que eu estava acordado, pois quando fui falar com ela, esta levou um susto.

– Tia?

– Nossa Ciel! Não faça mais isso, quase me matou...

– Desculpa. Já vou poder ir embora agora?

– Não. Só depois que eu terminar o meu turno. Daí, vamos embora juntos. Você não pode ir sozinho.

– Hunf!

– Não emburre. Ah, você tem visita.

– Quem? Não sabia que tinha alguém além de você aqui que se preocupasse comigo. A não ser que seja Frances, mas, acredito eu, que ela não venha me visitar.

– Não é Frances. É o moço que te atropelou. Ele quer falar com você. Pronto, terminei. Quer que eu chame?

– Tomara que ele não queira me ensinar atravessar a rua... Tá pode chamar.

– Seja bonzinho. E não pegue muito no pé dele por causa do nome. Por favor.

– Ta bom, ta bom. Já deu pra perceber que você já deu em cima dele.

– Ciel!

– O que? Estou errado?

–Ah... Bem... – Minha tia ficou sem jeito e foi em direção à porta para ficar de costa para mim. - Vou chamá-lo.

– Okay. Mas antes. Ajude-me a sentar. Ficar deitado por muito tempo dói o bumbum. – Minha tia se virou para mim e me encarou como se quisesse falar, “está brincando?!”. – O que foi? Eu fui atropelado sabia? Ajude-me logo.

Assim que fui ajudado, ela se retirou em silencio. Eles demoraram uns cinco minutos. O motorista deveria estar na recepção. Quando eles chegaram, minha tia foi chamada na emergência e teve que ir embora. Ficamos nos encarando por um bom tempo.

O homem tinha cabelos pretos compridos apenas na parte da frente, atrás era curto como de qualquer pessoa, mas em comparação ao meu cabelo, o meu estava mais comprido do que o seu.

Seus olhos eram castanhos avermelhados, sua pele era clara o suficiente para conseguir enxergar algumas veias em seu pescoço. Ele era bem alto para uma pessoa comum. E carregava um sorriso sínico.

Vestia uma camisa de botão com gola pólo branca, um colete preto aberto, uma calça jeans azul claro e um tênis All Star branco com costuras pretas.

Após um longo tempo me encarando, ele se dirigiu a uma cadeira, que ficava a minha frente, e se sentou. Ficou olhando para o chão, parecia que ele queria que abrisse um buraco no chão para ser engolido.

–... O que você queria falar comigo? – Perguntei sem fazer muita cerimônia. Já que ele estava ali porque queria falar comigo.

– Por que você se jogou na frente do meu carro? – Perguntou ainda olhando para o chão.

– Porque eu não tinha outra opção para correr e eu estava sendo perseguido.

– Por que você estava sendo perseguido?

– Sei lá. Estava em casa, daí aqueles três entraram na casa e me perseguiram.

–... Já vai ser liberado?

– Não, vou ter que ir embora com a minha tia só mais tarde.

–... – Ele continuava olhando para o chão, como se não quisesse me encarar. – Antes que eu me esqueça ou você me interrompa. Chamo-me Sebastian Michaelis. E você?

– Ciel Durless. – Dessa vez ele levantou o rosto e pude ver como seus olhos puxavam mais para o vermelho do que para o castanho. – Me mudei recentemente para cá.

– Se mudou... Morava aonde antes?

– Londres. Meus pais tinham uma empresa lá. Mas agora minha tia esta cuidando dela.

– Família Durless... Uma empresa... – Parecia que ele estava tentando fazer uma ligação entre as duas informações.

– Sim. A empresa Funtum. A mais conhecia e renomada empresa de brinquedos da Inglaterra. – Imitei uma voz de desdém e bufei no final.

– Mas a empresa não pertencia à família Phantomhive?

– Sim... No entanto o ultimo descendente da família, antes de morrer passou a empresa para a família Middleford. Mas meu pai assumiu a empresa de um tio meu, que ficou muito doente e debilitado. Então depois que esse melhorou, percebeu que meu pai fez um ótimo trabalho e, meio que, deu a empresa pra ele. Porém, agora voltou à família Middleford. Já que sou o único filho dele, mas sou novo demais.

– Hm... Mas por que voltou a empresa para a família Middleford? O que houve com seu pai? – Quando ele me perguntou aquilo, abaixei um pouco minha cabeça e a virei um pouco para a direita. Numa tentativa de esconder minha expressão. Graças que meu cabelo, que estava um pouco comprido na frente, consegui realizar essa ação com sucesso.

Fiquei naquela posição por um bom tempo. Nem eu nem ele nos mexemos, mas pude sentir que ele estava curioso por eu não ter respondido na hora e por eu ter tentado me esconder da pergunta.

– Eu acho que você deveria cortar o seu cabelo... Ele esta um pouco comprido. – Ele foi o primeiro a quebrar o longo silêncio que havia se instalado entre nós.

– É... Mas se for assim você também deve. Com sua idade não deveria ter seu cabelo tão comprido assim. Principalmente que é só na frente. Desse jeito, não irá encontrar nenhum emprego. – De vez em quando desviava o meu olhar do dele. Pois algo naqueles olhos me atraia, parecia que eles poderiam me devorar até a alma.

– Não me importo mais, pois já tenho um emprego. E com certeza eles não poderão me demitir. Sou o melhor que eles podem encontrar. - Ele deu um sorriso cínico.

Ficamos conversando quase a tarde toda. Perto das cinco da tarde, minha tia aparece no quarto para irmos embora.

Minha tia tenta novamente jogar um charme nele, mas este a ignora e se retira para ela terminar com as formalidades do hospital.

Assim que chegamos a casa, ela começa a descrever o que achou mais de espetacular nele e como ele era lindo e blá, blá, blá.

Preparei algo para comer e subi ao meu quarto. Procurei onde havia escondido a carta da tarde anterior. Porém, não havia mais nada dentro da caixa que eu havia escondido-a. Frustrado fui dormir. Ainda bem que naquela noite não tive nenhum sonho estranho, apenas um breu frio e confortável.

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