21 de fevereiro de 2014

Capitulo 5 - A vida nova (cont.)- Fanfiction- “The Blood Bound - Karura


Parte 2

Sonho Modo On

“Onde estou? Ah. Aquele sonho bizarro outra vez. Pensei que havia parado. Fazia tempo que não o tinha mais. Ah. A mesma sombra de sempre. Ira falar que vai me encontrar a qualquer custo. Sempre falou a mesma coisa.”. A sombra foi se aproximando do rapaz. E este se manteve imóvel. Quando o rapaz percebeu que o vulto estava próximo de mais começou a recuar.

De repente o vulto parou e encarou o rapaz com os olhos vermelhos vivo. E o rapaz analisou a figura a frente como sempre fez. Como se não tivesse medo daquilo e como se sentisse superior. Mas algo naquela vez estava diferente. E então o rapaz entendeu.

- Você será meu, jovem Mestre. O mais breve o possível. – E assim a sombra foi embora como uma brisa de verão.

Sonho Modo Off

Quando acordei estava sentado no banco da frente do carro, com minha tia me encarando pelo canto do olho. Minha respiração estava descompassada. Esse sonho deve ter me afetado mais do que qualquer outro.

- Por que você dormiu encostado no carro? Foi perigoso moleque.

- Desculpe tia. Não tinha percebido que havia dormido. Porém, penso que foi por causa do colírio do médico.

- Certo. Que bom que esta bem.

Uma grande parte do caminho foi feita em silencio. Minha tia dirigia a alta velocidade, mas com muita prática. Ela deve estar indo para a empresa de meu falecido pai. Já havia passado várias vezes por aquele caminho. De vez em quando precisavam de mim para realizar alguns trabalhos.

- Por quê? – Perguntei sabendo que teria que explicar.

- “Por que” o que? – Minha tia me encarou sem saber do que estava falando.

- Por que estamos indo para a empresa Funtum? - Falei olhando através da janela ao meu lado.

- Preciso pegar uns papéis que deixei lá. E tem alguém querendo te ver. E te espera lá também. – Com isso meus olhos se arregalaram com surpresa e fiquei pensando quem poderia ser.

A primeira pessoa que me ocorreu à mente foi aquela misteriosa sombra. E um arrepio percorreu minha espinha. “Não! Com certeza não é aquele ser que assombra meus sonhos! Aquilo era minha imaginação!”

- Angelina quer leva-lo para Liverpool. Para descansar um pouco. – Com esse seu comentário, fui tirado dos meus devaneios.

- Quando? – Perguntei sem entusiasmo. Tia Ann era meio fora da casinha. Sempre fazendo barulho e me incomodando.

- Hoje ou amanhã. Se você não quiser tudo bem. Ela simplesmente falou que desejava passar mais tempo com você. Porque a ultima vez que te viu foi quando seus pais morreram. E agora... Bem... Você já tem dezessete anos. Faz muito tempo, Ciel.

- Vou ter que ficar quanto tempo lá? – Perguntei perdendo forças. Teria que ir de um jeito ou de outro.

- Um mês pelo menos. Ela falou que esse é o mínimo de tempo que você pode passar lá.

- Não terminei meu ano escolar ainda. Seria ruim se eu reprovasse.

- Ciel. Você esta passado de ano desde o terceiro bimestre! Se não quer ir. Tudo bem. Angelina entenderá.

- Não. Ela não entenderá. Terei de ir de um jeito ou de outro. Não me importo. Será bom me afastar daqui um pouco. – Resmunguei com mau humor. – Você quer me afastar pelos problemas que Lizzy e Ed estão tendo no colégio?

- Não... Isso é culpa da nossa própria família.

- Certo então. Não me intrometerei.

Minha tia dirigiu mais um pouco até chegar à empresa. Era realmente grande. Deveria ter aumentado desde a última vez que fui lá. Caminhamos por mais um tempo, até chegarmos a um corredor que dava para o escritório do diretor da empresa.

Eu conseguia ouvir as pessoas cochichando, por trás, por que eu estava lá, qual era minha ligação com Frances. Isso me incomodava. Deixava-me louco de vontade de esfregar na cara das pessoas de quem eu era filho. Mas me segurei. Minha tia ao contrário fez tudo o que eu queria fazer. Ela se virou bruscamente e encarou as pessoas que se encontravam no fundo do corredor e falou.

- Vocês não deveriam tratar mal o seu futuro chefe. Ele é Ciel Durless. Agora voltem aos seus trabalhos. Agora! – Todos ficaram espantados com a afirmação de minha tia. Assim voltaram correndo para seus lugares espalhando a fofoca.

Quando entrei na sala não me preocupei mais com o que acontecia do outro lado da porta. Mas com quem estava lá dentro.

- Ah! Querido! Quanto tempo! Olha como você cresceu! Precisa cortar o cabelo, garoto. Olha esta caindo sobre seu olho. – Angelina Durless. Mesmo tendo mesmo sobrenome que eu, é minha tia, irmã mais nova de minha mãe. Ela é ruiva com olhos meio vermelho. Ela encara Frances com um olhar desafiador. – Como você pode me deixar longe dele por tanto tempo?! Olhe pare ele. A última vez que o vi, ele tinha cinco anos, era uma criança! E agora... Agora já é quase um homem!

Tia Ann era médica em Liverpool. Não tinha quase nada de tempo livre. Acredito que ela esteja de férias para vir em Londres me buscar para me levar consigo.

- Ciel, querido sobrinho. Sua mala já esta em meu carro. Então por que estamos nos atrasando tanto aqui? Venha. Vamos embora logo. Já peguei tudo que estava em seu quarto! Adeus, Frances. Mande beijos para Elizabeth por mim!

- Adeus, Angelina. Tchau, Ciel. Até mês que vem. – Depois disso, se virou para a mesa e começou a mexer em algumas papeladas.

Angelina entrou em um carro e eu fui junto. Não tinha mais para onde fugir. Agora minha única opção era ir para Liverpool com minha tia.

- Vamos pegar avião? – Perguntei querendo não passar quase quatro horas dentro de um carro preso.

- Não. Odeio esses novos meios de transportes. Vamos de carro. Olha são dez da manhã. Vamos chegar às duas da tarde. Poderemos comer algo no caminho. Vai ser divertido!

- Uh! Muito “divertido”. – Eu nunca conseguia largar a ironia era viciante. E aquele carro não era nada confortável para ficar tanto tempo dentro dele.

A viagem ocorreu bem. Queria matar Ann, mas não podia culpa-la se ela gostava daquele carro. A casa de Angelina não havia mudado muito. Por fora era cinza meio desbotado, com portas de madeira.

Por dentro era tudo muito claro. Portas pintadas de brancas, a escada era branca. Tudo branco. Não parecia que, ela, uma pessoa que adorava vermelho. Pudesse ter uma casa branca.

- Ciel, suba com suas coisas. Seu quarto é a segunda porta a esquerda no segundo piso. Vá lá e se ajeite do jeito que quiser. Vou preparar alguma coisa para comermos. – Ela terminou de falar e foi entrando na cozinha.

Subi as escadas e vi um quarto no fim do corredor totalmente vermelho. Até a aparência da porta pelo lado de fora era vermelho. “Esse deve ser o quarto da tia Ann.”

Ao abrir a porta que minha tia havia me indicado. Encontrava-se uma cama de casal king size, com um coberto azul marinho escuro. Havia um sofá da mesma cor que o cobertor em um canto totalmente oposto ao da cama. Tinha um guarda-roupa de madeira escura do lado da porta. Continha duas janelas com cortinas em um tom cinza azulado.

O quarto não era muito grande, mas o jeito que tudo fora arrumado, fazia uma ilusão de óptica. Fazendo quarto parecer duas vezes maior que a realidade.

Mesmo nenhuma das minhas tias tendo me contado. Eu já havia percebido. Teria que morar com Angelina até entrar para a faculdade. O que me restava mais um ano. Minha vida iria ser um inferno aqui.

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