Quando voltou para casa Ai estava apreensiva. Não queria correr o risco de
voltar a ter um encontro daqueles com o estranho rapaz.
Enquanto pensava na sua situação a pequena reparou que o nome “Akio” lhe
parecia familiar. Tinha a sensação de que já o tinha ouvido ou lido em algum
lado. Mas isso não lhe parecia importante no momento. Estava mais preocupada
com a probabilidade de o voltar a ver quando chegar a casa.
Enquanto isso, Kazuo, já se encontrava no conforto da sua mansão. Estava
bastante intrigado. Era a primeira vez que levava dois estalos da mesma
rapariga, normalmente sediam à primeira e ele conseguia fazer o que queria com
elas e depois “deitá-las fora”. Afinal, além de ser popular, também era rico.
No então havia algo naquela rapariga que o prendia. Havia encontrado uma
presa mais difícil do que as que estava habituado. De algum modo, aquilo
agradava-lhe, bem mais do que ele pensava.
Algo o fazia querer ver aquela rapariga, mesmo fora da escola.
Já era Domingo, e sem se aperceber, Kazuo já, estava sentado num banco de
jardim em frente à casa de Ai. O rapaz estava disfarçado com um chapéu, óculos
escuros e fingia ler um jornal.
- Mas o que é que raios eu estou aqui a fazer? – Murmurava para si próprio
nervoso com a situação. – Podia ter enviado um detetive, mas não…
Pouco depois Ai saiu para ir até ao jardim, e como é óbvio Kazuo seguiu-a.
Andava discretamente por entre as árvores para não a assustar. Queria
tentar ser simpático e era a melhor altura para isso.
A certa altura Ai começou a sentir que estava a ser seguida. Olhou para
trás e viu Kazuo a sorrir para ela. Os raios de luz que trespassavam as folhas
das árvores davam um certo brilho àquele sorriso estranhamente simpático.
- Que brilho… - Disse ofuscada. – De certeza que esta a tramar alguma.
- Eu ouvi isso. Não foi muito simpático.
- É-É verdade…
- Pronto acalma-te não te vou fazer nada. – Sentou-se num dos bancos perto
dela. – Podes fazer-me companhia? Estou sozinho hoje.
- Não sei…
- Vá lá. Se eu fizer alguma coisa podes dar-me um estalo. Outro.
- Hum… Não te esqueças do que acabas-te de dizer.
E assim ficaram os dois sentados naquele banco durante horas a falar sobre
a vida de cada um. Era a primeira vez em muito tempo que Ai se conseguia abrir
com alguém.
Para Kazuo, Ai tinha um brilho especial nesse dia.
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Kissus
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