3 de fevereiro de 2014

Capitulo 8 - Estarei sempre aqui - Fanfiction "Arte da Máfia " - Malina vans


Pov Akisawa

-O quê? Deves estar doida!- a Sakura telefonou-me para me fazer uma pergunta e eu, fiquei parva com a pergunta.

-Estou a falar a sério! Uma saída a quatro é uma ótima ideia!

-Não, não é!

A Sakura telefonou para mim a perguntar se amanhã eu queria ir com ela, o Eijun e o Kaito, dar uma volta pela cidade. Ir passear, ir a um karaokê e assim.

-É sim! E não te atrevas a dizer que não é!- repreendeu-me, deixando-me de boca aberta, mesmo antes de poder dizer um só som e, logo a seguir, fechei a boca- Já falei com os rapazes e eles vão!- disse entusiasmada. Ainda gostava de saber desde quando é que ela e o Eijun se conheciam.

-Está bem, está bem.- respondi por fim- Eu vou.

-Boa! Então amanhã encontramo-nos à porta do “Flor de Tokyo” às três, ok?!

-Sim. Até amanhã!

-Até amanhã!- antes de afastar o telemóvel para desligar a chamada, a Sakura chamou-me- Diz lá a verdade… Só aceitas-te porque o Kaito vai, não foi?!

-Sakura… Não comeces…- respondi, mas tentando disfarçar o meu nervosismo.

-Pronto! Desculpa!- risos- Adeus!- e desligamos.

Sinceramente, não me apetecia muito sair. Sentia-me estranha sempre que estava ao pé do Kaito e não percebia porquê.

Levantei-me da cama e olhei para as flores que em cima da minha mesa-de-cabeceira, junto à cama. As flores estavam dentro de um jarro, mas sem água, como se se tratassem de flores verdadeiras. Dirigi-me até ao meu guarda-roupa, abri-o, e pus-me a pensar…

-Mas que raio vou vestir?

/////

Eram três da tarde, eu estava à porta do café “Flor de Tokyo” juntamente com a Sakura e o Eijun. Tinha levado imenso tempo a escolher a roupa, mas não tinha vestido assim grande coisa, tinha vestido apenas uma camisola branca de mangas compridas e gola alta- já que está frio devido ao facto de ser Inverno-, umas calças justas e pretas, umas botas castanhas escuras, sem salto e de cano baixo, juntamente com um colete vermelho de algodão. Já a Sakura, vinha com um vestido rosa e cheio de flores de várias cores, umas bostas brancas, de salto e de cano alto, até ao joelho, umas meias transparentes, e um casaco branco até à cintura. O Eijun vinha normalmente, com uma camisola azul de manga comprida, um casaco de ganga, e umas calças de ganga escuras, juntamente com uns ténis pretos.

Estávamos sentados no bar, a beber à espera do Kaito, que nunca mais aparecia.

-Já se passou quase meia hora.- resmunguei entre dentes.

-Não te preocupes, ele vai aparecer!- mencionou a Sakura- Se ele disse que vinha é que vem, não?!

-E que tal se lhe ligarem?- propôs o Eijun.

-Já lhe enviei uma mensagem, ele não me responde.- respondi. E nesse preciso momento, vimos uma RSV4 APRC a aproximar-se de nós e eu só conhecia uma pessoa que tivesse uma mota daquelas em plena cidade. Parou junto do bar, e estacionou a mota entre o passei o e a estrada, retirou o capacete mostrando o seu cabelo ruivo. Guardou-o, depois colocou na cabeça o seu chapéu e ai voltou-se para nós. Trazia uma camisola preta com uns desenhos estranhos estampados nela, um casaco de cabedal, castanho-escuro, umas calças de ganda pretas, e umas botas tipo tropa, da mesma cor que o casaco.

-Estávamos a ver que não!- respondi levantando-me.


-Saudades minhas, é?!- perguntou-me, aproximando-se de nós um sorriso na cara.

-Nunca…

-Demoras-te imenso.- comentou o Eijun.

-É…- o Kaito olhou-o de lado e o Eijun limitou-se a continuar a olhar para a sua bebida, e depois voltou a olhar para mim e para a Sakura- Tinha alguns problemas e não me consegui despachar a tempo.- respondeu, voltando o olhar para o sitio de onde tinha vindo e eu fiz o mesmo. Ele parecia preocupado a olhar pra lá, provavelmente tinha acontecido alguma coisa… Ou será que ele se tinha metido em sarilhos e, estava a ser perseguido? Não… Não podia ser isso.


-E então?! Vamos?!- perguntou a Sakura com um sorriso e pusemo-nos todos a andar.

Fomos até ao salão de jogos onde ficamos durante uma meia hora. Fartamo-nos de jogar e de gastar dinheiro, felizmente isso não era problema para nenhum de nós, pois tínhamos trazido o suficiente para jogar durante algum tempo. E finalmente, a Sakura empurrou-nos finalmente para um karaoke depois de tanto insistir, o Kaito deixou a mota estacionada à porta do estabelecimento e entramos.

O Kaito e a Sakura puseram-se a cantar várias músicas, enquanto eu e o Eijun ainda só tínhamos cantado uma. O Eijun ainda cantou mais uma com eles os dois, mas depois veio sentar-se para junto de mim.

-É bom ver que estas mais extrovertido!

-Como assim?

-Bem, antes quando íamos a um karaokê com os nossos colegas, tu nunca cantavas e além do mais ficavas sempre no canto a ver os outros.

-Tu também não cantavas e ficavas sempre sentada!

-Mas eu tinha as minhas razões!

-Ai sim? Quais?- nesse momento começou a dar uma música mais calma que o Kaito e a Sakura escolheram para cantar, depois de tanta música mexida e barulhenta.

-Olha, por exemplo… Não sei cantar e depois, não te queria deixar sozinho! Já não podes dizer que sou má amiga!

-Pronto, está bem! Ganhas-te!- respondeu-me entre risos. De repente ouvimos a porta a abrir e a fechar novamente com violência, a Sakura foi a correr até lá e abriu-a.

-Kaito! Onde vais?- gritou a Sakura para o corredor. Levantei-me e fui até ela.

-O que se passou?- ela fechou a porta e voltou-se para mim.

-Não sei. O Kaito recebeu uma chamada e depois saiu daqui super alterado.- abri a porta para ir atrás dele.

-Onde vais?- perguntou-me o Eijun já ao lado da Sakura.

-Vou procurar o Kaito e tentar saber o que se passa. Para onde é que ele foi?

-Foi pela direita, mas isso só vai dar ao telhado.

-Está bem, obrigado.- e sai a correr.

Já tinha notado que ele estava estranho, mas pensei que tinha sido só ao inicio, porque no salão de jogos estava bastante divertido e o mesmo se passou no karaokê, não percebi o porquê de agora ter ficado naquele estado. Não conhecia o Kaito há muito tempo, mas sabia que havia algo de muito, muito errado com ele e que algo não estava bem.

Subi as escadas em caracol até ao telhado, abri a porta e vi que era de noite, afinal já eram sete da noite. Entrei para o telhado e fechei a porta, esfreguei os braços devido ao frio e mais à frente, vi o Kaito, estava curvado, com os braços para cima e os dedos agarrados à alta grade que vedava todo o telhado. Comecei a aproximar-me a passos lentos e, apesar dele não mexer um só musculo, sabia bem que ele já tinha dado pela minha presença.


-Kaito… Passa-se alguma coisa?- perguntei parando uns centímetros atrás dele. Apesar da minha pergunta, ele não me respondeu então, decidi insistir- A Sakura disse-me que recebeste uma chamada e, que logo a seguir, sais-te a correr. O que se passou?- perguntei com alguma hesitação, nem sabia se devia fazer aquela pergunta, nem sabia se ele confia em mim o bastante para me contar fosse o que fosse, mas mesmo, tinha de tentar.

Nesse momento, ele virou-se para mim e vi a sua cara lavada em lágrimas. Era a primeira vez que o via naquele estado. Já andávamos na mesma escola, desde o fundamental, mas nunca o tinha visto daquela maneira.

Apesar de antigamente não me importar o mais mínimo que ele estivesse bem ou mal, não conseguia vê-lo naquele estado.

-Kaito…

-Desculpa lá…- ele começou a limpar as lágrimas com as costas das mãos, meio atrapalhado- Eu vou… Eu vou voltar agora. Só precisava de espairecer!- respondeu-me tentando sorrir e parando à minha frente, talvez à espera que eu começasse a andar, mas mantive-me quieta a olhar para ele enquanto o vi parar de chorar- O que se passa?

-Porque estás assim?- ele apenas se limitou a olhar para o lado com um ar pensativo, depois fechou os olhos, mordeu o lábio inferior e vi-o cerrar os punhos. Naquele momento, o único som era apenas o barulho das buzinas dos carros e as vozes das pessoas a passar.

-O meu pai está no hospital.

Fiquei estupefata. Nunca tinha imaginado que tinha acontecido algo assim… Nunca pensei que o pai do Kaito estivesse no hospital. Eu nem conhecia o pai dele, mas pelo que ele já me tinha dado a entender, o seu pai tinha uma saúde frágil.

-O meu pai hoje de manhã sentiu-se mal e teve de ir para o hospital de urgência…- justificou-se enquanto as lágrimas voltavam a escorrer pela sua cara- Foi por isso que cheguei atrasado… Queria lá ficar no hospital e ficar com ele… Mas ele disse-me para vir embora, porque disse que tu talvez te ias aborrecer!- contou, passando a mão pelo cabelo e tentado rir- E eu vim… Quis ir embora e dizer-te o porquê, mas não consegui-a. Antes de vir do hospital, disseram-me que ele provavelmente poderia vir para casa ainda hoje caso melhorasse, mas à pouco telefonaram-me a dizer que o meu pai não estava melhor e que precisava de ficar lá. Assim que me disseram que ele não estava melhor, foi como se já me tivessem dito que ele morreu.- eu apenas me limitei a ficar em silêncio a escuta-lo. Nesse momento ele deixou-se cair para mim, deixou cair a cabeça no meu ombro, onde sentia as suas quentes lágrimas caírem, abraçou-me e agarrou-me delicadamente no cabelo- Eu… Já fiquei sem a minha mãe Aki… Não quero ficar sem o meu pai…- com o braço que me agarrava as costas, ele apertou-me ainda mais e sussurrou-me- Ajuda-me Aki…

Não percebi por que razão me pedia ajuda, mas mesmo assim, deixei-me ficar ali, quieta, sem dizer uma palavra, enquanto ele me abraçava.

Se deixa-lo assim, se dar-lhe o meu apoio mesmo em silêncio e estar ao lado, for tudo o que posso fazer… Então estarei sempre ao seu lado. Estarei sempre aqui.

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