7 de novembro de 2013

Participante nº3- Raven chan (cont.)

Por Detrás das Sombras #3


Os dias passaram e o rapaz continuava na minha turma. O mesmo papel continuava a aparecer todos os dias na minha mesa, sempre com a mesma frase. Habituei-me aos papéis, mas não ao facto de me sentir seguida e observada constantemente.

Quanto mais tentava ignorar mais persistente se tornava. Até que aquele dia chegou, o dia em que aconteceu algo impensável.


Havia outra sombra. Uma sombra que não era a dele nem de nada a que estivesse habituada, estava a voltar para casa sozinha quando tudo aconteceu. Nesse dia o rapaz não apareceu na escola, senti-me aliviada e ao mesmo tempo preocupada, o que era estranho. Pensava para mim mesma – “Estás doida? Como podes estar preocupada com algo assim?”. O dia passou mais calmo que o normal até as aulas acabarem, foi quando tudo aconteceu.

Ia a meio caminho quando reparei num morcego, como já era tarde nem liguei. Continuei o meio caminho e foi quando reparei que esse morcego estava a afugentar os outros num movimento repentino em direção ao solo, o que foi horrível. Foi aí que reparei que não era um simples morcego, era um morcego enorme. Corri o mais depressa que podia, mas como nunca fui boa em desporto não valeu de nada. Caí e bati com a cabeça. Só me lembro de ver o vulto desse morcego pousar á minha frente. Tentei rastejar para longe, mas foi inútil, perdi os sentidos.

Acordei no meu quarto assustada e preocupada com o estado em que estava. Tinha uma dor de cabeça horrível, mas consegui levantar-me e ir até ao espelho. Vi que tinha um curativo no pescoço e outro na cabeça. Retirei o do pescoço para ver o que era, era apenas um corte na sobrancelha direita, mas nada de grave. “Devo ter feito isto na queda” – pensei na altura, depois retirei o do pescoço, como estava também estava no ombro pensei que a causa tinha sido a mesma, mas o tamanho do curativo intrigava-me, ocupava boa parte do me pescoço e ia até ao braço. Para minha surpresa era impossível aquilo ter sido feito na queda. Eram grandes arranhões, pareciam garras. Não sabia o que fazer, estava demasiado assustada para conseguir raciocinar.

Algo apareceu na janela. Um vulto que se transformou no rapaz. Trazia um saco estranho com algumas coisas dentro. Fiz o que pude para me esconder, mas foi inútil. Passou através da parede e dirigiu-se para onde eu estava imediatamente, agarrou em mim como se fosse um simples peluche, tentei defender-me mas mais uma vez foi inútil. Tudo o que fazia para me libertar era inútil, por eu não ter força e por causa das feridas que se abriam um pouco mais sempre que me mexia.

Ele pôs-me na cama com cuidado. Não estava a perceber o que se passava. Tinha a certeza de que tinha sido ele a magoar-me.

Após mais uma tentativa inútil para me libertar consegui chegar à janela, foi então que vi que aquela não era a minha casa e aquele não era o meu mundo. Horrorizada com a situação limitei-me a sentar-me no chão ali mesmo, e assim fiquei algum tempo enquanto aquilo olhava para mim.


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