1 de janeiro de 2013


Capitulo 2- Noite Sombria- Fanfiction- “The Dreams”



Era o primeiro abraço que recebera em toda a minha vida…
Sayuri: é melhor eu ir embora…
Senhora: está bem, leva o resto da comida que sobrou e tens aqui umas roupas para tu vestires, espero que te sirva e te aqueça. Espero que gostes.
Sayuri: são muito bonitas, não era preciso nada, não precisava de se incomodar.
Senhora: não incomodas.
Sayuri: Muito obrigado! Até mais!
Senhora: toma cuidado! Se precisares de alguma coisa só tens de vir ter comigo.


Saí dali o mais rapidamente possível e sentei-me mais á frente num pequeno banco que ali existia no meio daquelas casas todas, para guardar aquilo que aquela senhora me tinha dado. Estava com sorte hoje, foi o primeiro dia em toda a minha vida que encontrei alguém que me acolhesse, tratasse tão bem como ela. Fico lhe muito grata, muito mesmo, graças a ela vou conseguir sobreviver por mais algum tempo e sem passar frio com esta roupa toda que ela me deu.
Mas tudo isso passou rápido, nem um dia durou, foi apenas meia hora, que estive lá dentro nada mais. Estava tão quentinho lá dentro que nem me apetecia sair de lá. Mas como eu não pertencia aquela casa, aquela família, não lhes era nada de nada, tive que sair daquele conforto.
Agora voltando á realidade…
Tinha de ver onde iria dormir, se calhar dormiria ali mesmo, naquele banco que apesar de ser pequeno chegava perfeitamente para mim. Hoje iria dormir mais aconchegada, um pouco mais quente do que nos outros dias, do que na vinha vida toda.
Já anoitecera, aquele sítio tornava-se mais sombrio a cada hora, a cada minuto que passava. A apesar de durante o dia ser um sitio magnifico, lindo, durante a noite assustava-me bastante.
Deitei-me naquele banco gélido, assustada, com medo daquela noite sombria. Não conseguia dormir com aqueles sons esquisitos, com aquelas sombras que apareciam e que mais pareciam pessoas, aquelas vozes que pareciam querer comunicar comigo.
Acho que estou a ficar maluca, já estou a ouvir coisas, isto só pode ser imaginação da minha cabeça que já está imaginar coisas. O melhor que posso fazer é esquecer tudo isto e tentar dormir que já é tarde. Mas apesar de querer dormir eu continuava a ouvir tudo, as vozes, os sons, as sombras e tudo mais.
Ouvia uma voz a chamar por mim… não podia ser…... Tomava atenção ao que aquela voz rouca, fraca estava a querer dizer. Ela estava sempre a chamar pelo meu nome, quem era aquela voz? Quem é que estava a chamar por mim? Será que é coisas da minha cabeça, ou será que estou na realidade a ouvir?
Cobria-me cada vez mais e tentava não ouvir aquela voz irritante que estava a chamar por mim constantemente. Mas ela insistia cada vez mais, cada vez mais alto dizia:
Não vale apena esconderes-te que eu sei quem tu és… estarei sempre ao teu lado, quer queiras quer não queiras. Não estás sozinha.
Foi então que ganhei um pouco de coragem, mas ainda com a voz trémula lhe respondi:
Sayuri:  quem és tu?
Não precisas de saber quem eu sou, e não penses que estás maluca porque tu não estás, tu estás mesmo a falar comigo.
Sayuri: se eu não estou maluca então porque não apareces e dizes de uma vez por todas quem és.
Já te disse que não te vou dizer quem eu sou, e não insistas nisso.- disse de uma maneira arrogante
Porque é que aquilo não desaparecia, será que estou a ficar maluca? Será que estou a ficar doente? Estou a ter alucinações? Será que é mesmo como ele disse?
Estou com medo deste sítio, quero sair daqui o mais rápido possível, era assustador.
Com estas visões, sons e tudo mais a noite passou e a pequena Sayuri não conseguiu dormir a noite inteira. Eram sete da manhã quando despertei, estava cansada, não tinha dormido durante a noite e mal me segurava em pé, estava sem forças.
Peguei nas minhas coisas e saí daquele sítio sombrio, estava cansada, assustada, aquele sitio era perigoso, ou apenas sou eu que ando a ter alucinações, deve ser o cansaço, depois de tantas noites sem dormir.
Andei horas e horas dias e dias sem saber por onde andava, ainda para mais com o tempo que se encontrava, estava a nevar, muito frio não se via nada, não conseguia ver o caminho para onde eu estava a ir.
Mais á frente avistei uma pequena rua, parecia estar deserta, que não vivia lá ninguém, foi nessa pequena rua que dissidi ficar aquela noite. Já não podia mais, estava de rastos, não conseguia andar mais, por cansaço e também pelo frio gélido que estava.
Peguei as roupas que aquela senhora me tinha arranjado e cobri-me com elas, estava a tremer toda de frio, acho que em toda a minha vida, nunca tive tanto frio como tenho agora. Com este frio todo ainda vou ficar doente, ainda vou morrer de frio aqui no banco, nisto dou um espirro.
Sayuri: não… isso não, não quero ficar doente.
Passei a noite inteira a espirrar e a tossir, cheia de frio, tinha de procurar ajuda, por mais fraca que esteja. De manha, levantei-me peguei nas minhas coisas e fui procurar ajuda, lembrei-me daquela senhora que me ajudou, mas ficava longe, demoraria dias e dias a lá chegar. Tinha de arranjar outra solução.
Passeava por aquela rua rodeada de gente a olhar e a afastarem-se de mim, como se eu fosse uma criminosa, que tivesse feito alguma coisa de mal, mas a única coisa que eu queria neste momento era que me ajudassem e que tratassem de mim, que fizessem algo para eu ficar boa outra vez.
Não conseguia andar mais, não me aguentava de pé, foi então que acabo por desmaiar ali no meio da rua.

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